Existem em princípio 4 formas de o estado tentar dirigir a estrutura da economia nacional:

• planeamento central (tentado em Cabo Verde de 1975 a 1991)
• economia de mercado (promovida pelo Banco Mundial, IMF, países desenvolvidos)
• substituicão de importacões (Brasil sendo um caso extremo de 1964 a 1973)
• promocão de exportacões (estratégia de países asiáticos da esfera de cultura chinesa)

Cabo Verde é como de costume uma confusão de ideias onde nunca se sabe em que pé estamos.
Substituicão de importacões requer em geral um mercado de certas dimensões, que não é o caso com Cabo Verde.
Geralmente a experiência de cada país indica uma mistura de políticas com mais acento sobre uma certa direcão.

O importante para comecar, é notar que a existência de política econômica implementada a nível nacional tende a introduzir o estado como Parte Interessada em projetos, mesmo os de cariz privado.
Um exemplo em Cabo Verde é o chamado Estatuto de Empresa de Turismo.

Em geral a última estratégia (promocão de importacões) é a mais compatível com a economia de mercado que tende a ser aceite como o estado normal.
Esta estratégia é acima de tudo industrial, e tende a ser implementada à volta de zonas especiais de desenvolvimento. Atrás existe um projeto, ou mais exactamente uma série de projetos (chamada programa em linguagem de projetos).
Em breve resumo os passos são: 1) atrair nova área de tecnologia em forma de empresas estrangeiras a que são dadas certos incentivos 2) conectar empresas locais como fornecedores de parte do produto dessas empresas estrangeiras manufacturadas na zona 3) estabelecer um plano nacional de modernizacão dos fornecedores nacional, incluíndo treino de pessoal, ligacão com ensino superior, tentativa de incrementar o conteúdo fornecido pelas empresas locais.
Estas zonas especiais reduzem o risco tanto para as empresas estrangeiras como para as empresas locais por terem um estatuto especial respeitado durante o período mínimo estabelecido de antemão ao serem criadas.